A Próxima Etapa

substituidas pelas elétricas e estas mal se assentando sendo trocadas pelos microcomputadores. A mão-de-obra sendo substituída pela robótica. A era das transformações chegou com força total, sem dó, nem piedade: transformações sociais, culturais, tecnológicas, geográficas, climáticas, políticas e econômicas. Evolução tecnológica. O homem passa a ser obrigado a pensar e a agir como máquina, na mesma velocidade e interação e aperfeiçoando cada vez mais a velocidade. O primeiro que estiver de posse da informação será o vencedor. A globalização massacrando os desavisados e desatentos. A reengenharia chegou. Empresas levadas a jogar todos os papéis para o alto, se deixar algum chegar ao chão estarão à beira da falência. Descentralização das estruturas organizacionais e “Downsizing” dão mais velocidade de comunicação e decisão. Várias são as teorias e métodos aplicáveis à produtividade: “Kanban”, “just-in-time”, teorias das restrições, etc. Várias fusões, “joint ventures” e vendas de participações acionárias acontecendo. Para manter-se competitivo deve-se buscar o diferencial, preocupação com a qualidade é o foco- entra IS0 9000- redução de custos para se manter – chega a reestruturação e reorganização- chega IS0 9001 para desburocratizar a primeira. Maior preocupação com o meio ambiente- surge IS0 14000 para regular o manejo ambiental e reduzir os efeitos nocivos das atividades das organizações. Desemprego cada vez maior, vitimado por uma falsa política econômica e social, além da falta de investimentos em infra-estrutura e educação. Em algumas empresas observa-se o “salve-se quem puder” (termo dado àqueles que cativam em prol do empreguismo), fator este que restringe o atendimento dos clientes e fornecedores internos, favorecendo a inoperância e a decadência. Era do planejamento estratégico, traçando uma visão futura e foco do negócio, criando prováveis cenários, valores, princípios e missão a serem perseguidos nas decisões. Gestão e desenvolvimento de pessoas, propondo melhor qualidade de vida, vendo no homem o patrimônio mais valioso da organização, responsável pela oscilação dos indicadores de sucesso na competitividade. O mundo está com sede e com dificuldade em respirar e governantes brincando com camada de ozônio. Inflação baixa e estável, taxas altas de juros e desemprego, sem crise externa, favorecendo estabilidade da moeda estrangeira, aumentando as exportações e poupança externa, fez com que os últimos anos transcorressem com a sensação de que se não houvesse parlamentares nem governistas, o PIB brasileiro seria maior. Isto porque o produto com maior valor agregado e cada vez mais valorizado chama-se propina. Não sai das páginas noticiárias e sugere estar presente em todas as esferas, em todos os escalões e até em estatais. Doença crônica, cancerígena, cujo aumento, embora tentem justificarpela maior publicidade, dá-se a impressão de ter havido um crescimento geométrico, em decorrência das abruptas transformações sócio-econômicas, políticas e culturais num espaço tão curto de tempo, além do egocentrismo. Embora longe do ideal, as empresas já deram o pontapé inicial no aprimoramento dos controles, elaboração de códigos de ética, desenvolvimento da Responsabilidade Social e projetos de crescimento sustentável, resta agora o governo promover o seu.
 
Quem sabe sejam implementadas políticas estruturais, começando com um programa pedagógico de valores éticos morais e de cidadania, do ensino fundamental às universidades, não apenas como uma cadeira independente, mas integrando as demais disciplinas de forma natural e prazerosa, repudiando o racismo, a violência, a avareza, a corrupção, e a tudo que for contra aos bons usos e costumes. Esta será a próxima etapa de uma nova era. A era da moralidade.